PREFEITURA ORIENTA MORADORES SOBRE INFESTAÇÃO DE ESCORPIÕES


PREFEITURA ORIENTA MORADORES
SOBRE INFESTAÇÃO DE ESCORPIÕES

A Prefeitura de Cerro Largo, por meio do serviço de Vigilância Sanitária, orienta a população a respeito da presença de escorpiões em alguns bairros da cidade. Algumas pessoas já passaram por acidentes causados pelos mesmos, chamando a atenção à infestação em determinados locais e os riscos que a picada pode provocar.

Os escorpiões são animais peçonhentos (possuem veneno), que medem de 5 a 7 cm de comprimento e que apresentam uma estrutura (aguilhão) para inocular o veneno. Possuem hábitos noturnos, portanto à noite saem para procurar alimento, principalmente baratas, formigas e cupins. Durante o dia escondem-se sob cascas de árvores, pedras, tijolos, madeiras, lenha e até mesmo dentro das residências, principalmente em caçados.

Das três espécies de escorpiões encontradas no estado, o Escorpião-preto (Bothriurus bonariensis) é o mais comum, apresentando coloração preta ou marrom escura com patas mais claras. Seu veneno é pouco tóxico e, quando pica, causa dor local ou reação alérgica.

Não tão comum, como o preto, mas que também ocorre no RS, sendo a espécie encontrada em maior número no município de Cerro Largo, o Escorpião-manchado (Tityus costatus) apresenta corpo escuro com cauda e patas manchadas de marrom com amarelo. Sua peçonha causa dor local que se irradia.

Pouco comum no Rio Grande do Sul, mas que tem sido dispersado pelo estado vindo de outros estados com carregamentos de materiais como frutas e madeiras, o Escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) apresenta o tronco de coloração castanha com patas e cauda amarelas (foto). Sua picada causa acidentes graves, principalmente em crianças, podendo causar sudorese (suor excessivo), dor local com irradiação, vômitos, alterações cardíacas e pulmonares e até mesmo, choque.

Como medidas preventivas a acidentes causados por escorpiões, recomenda-se o uso de botas e luvas ao circular/trabalhar no campo, mata e terrenos baldios. Manter jardins, quintais e terrenos próximos às residências limpos. Evitar folhagens densas junto a paredes e muros das casas. Utilizar gancho ou enxada ao mexer em lenha, buracos, folhas secas e troncos ocos. Rebocar paredes para que não apresentem rachaduras ou frestas e vedar soleiras de portas.

Frente a um acidente, deve-se manter a calma, entrar em contato com o plantão do Centro de Informação Toxicológica do RS (CIT) para orientações gerais e procurar atendimento médico. O paciente deve ser imobilizado e o membro atingido deve ser mantido em posição elevada. Não corte, não esprema, não faça sucção e não faça torniquete. Se que possível o animal deve ser capturado para identificação, sempre com o auxílio de gravetos ou pinça longa e colocada em embalagem plástica transparente com tampa de boca larga e furada.

O serviço de Vigilância Sanitária do Município encontra-se à disposição para mais esclarecimentos.

E em caso de acidente ligue para o CIT/RS: 0800 721 3000 (ligação gratuita).

Fontes:
Ricardo Pacheco Dias, médico veterinário;
Equipe de Vigilância Sanitária de Cerro Largo;
Centro de Informação Toxicológica do RS (CIT/RS)